quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

E O VAI FOI. NÃO FOI?

Hoje fomos eu, Jéssica, Débora e Biaah entregarmos o projeto “Literatura (é) Possível” na sede do Programa VAI – Valorização de Iniciativas Culturais, da Secretaria Municipal de Cultura.

O programa este ano fornecerá subsídios no valor de até R$ 20.692,00, para projetos culturais/artísticos desenvolvidos na cidade. Entre os recursos que cabem dentro do orçamento estão desde recursos humanos, compra de equipamentos, impressão e outros.

No projeto apresentado, foram propostas algumas das seguintes ações:

- realização de um sarau mensal, todo último sábado do mês, das 18hs às 20hs, aberto a comunidade;

- realização de quatro encontros literários entre a comunidade do Jardim Verônia (Ermelino Matarazzo) e autores da literatura periférica (ou não);

- oficina semanal de literatura e teatro, na qual será feita leitura e produção de contos e poemas, além de jogos e exercícios teatrais, visando produção de espetáculo lítero-teatral

- produção de um fanzine, trimestral, com duas mil cópias, com contos e poemas da comunidade do Jardim Verônia – distribuição gratuita;

- apresentação de espetáculo lítero-teatral, a partir da produção literária dos alunos e de textos dos autores da literatura periférica – entrada gratuita ou com preços populares.

Além de todas estas ações, está prevista também a minha remuneração e a de quatro alunas, oriundas do grupo do ano passado, e que estarão trabalhando comigo este ano, como “assistentes culturais”.

No final, acho que o projeto ficou bacana. Bem escrito. Claro que poderia ter sido melhor – se minha cabeça tivesse mais tranqüila e os problemas também houvessem tirado férias – mas, dentro do que foi possível fazer, ficou ótimo. A produção ficou bem bacana principalmente porque não estacionou apenas nas minhas costas. Dividi o trabalho com as alunas, o que foi bom para todos.

E se o VAI não for, já temos a base de um projeto escrito, apresentável – com as devidas adaptações – para outras entidades e editais. Até porque eu já faço este trampo, tirando grana do próprio bolso pra quase tudo, há quatro anos, e não dá mais pra continuar assim. Já não sou rico, tendo que trabalhar na faixa e colocando grana, aí é demais. Não há quem agüente.

E só pra constar: independente do VAI ou não, até conseguirmos patrocínio ou não, o projeto continua. De uma maneira ou outra, continua. Porque se a “Literatura (é) Possível”, nóis também somos. Né, não?

Salve,

Rodrigo Ciríaco