E isso que é o máximo. Porque foi totalmente o contrário.
O Sarau de ontem foi um dos mais bonitos que já fizemos. Na minha humilde opinião. Foi um pouco bagunçado, corrido, atrapalhado. Enfim, temos pouco mais de um ano, ainda estamos engatinhando. Aprendendo. Mas independente de tudo, ontem a arte esteve presente. Em corpo e alma. E seduziu, deitou-se e se satisfez, com todos que se permitiram deitar com ela, ali, no páteo da escola.
Começamos com um bate-papo com Renato Candido, diretor de "Jennifer", Rodrigo, Mundo em Foco, e nossas Mesquiteiras Mayra e Jéssica, pra conversar um pouco sobre a produção audiovisual na periferia.
Jéssica, Mayra, Samuel e outros Mesquiteiros e Mesquiteiras e alguns alunos da escola, participaram de uma oficina de vídeo em parceria com o Instituto Criar, e produziram dois curtas, exibidos ontem.
Os trabalhos ficaram muito bons. Tanto que reexibiremos novamente no próximo mês. E na sequência, fizemos a exibição do "Jennifer".
Um média-metragem de 29 minutos lindo, lindo. Delicado, sensível. Conta a história de uma jovem e seus conflitos pessoais e sociais, que a colocam em choque com valores de nossa sociedade relacionados a branquitude/negritude, padrões de beleza, amor, e por aí vai.
Um filme com uma poesia rara. Daqueles que você vê e dá vontade de ver de novo. Ao menos foi isso que senti.
Depois de bater um papo com Renato e Viviane, produtora, demos início ao parte poética do Sarau, com a récita de poemas.
O convidado especial da noite foi Marcelino Freire, lançando o seu "Amar é Crime", da Editora Edith. O cabra só pode levar dez livros, pois veio de viagem de Salvador e Brasília e, resultado: foi tudo. E uma galera querendo mais...
Tivemos ainda a presença do Buzo, Marilda Borges, Toni Nogueira, Emerson Alcalde, Vander Che, Carla Soares, Paulo Rams (direto do Pq. Bristol), Ricarda e toda uma galera, Robson Luquesi, Ingrid Hapke, Monica Cardim, Luciana Penna, Adriana Madeira, Ricardo Baba e toda uma rápa valorosa e especial demais pra mim.
Representando a escola, estavam presentes a Inspetora Rosana, Prof. Valmir e Profa. Claudia.
Além de alguns bons filhos, que sempre a casa tornam: Van, Atanilo, Vitor, Liliane.
E se já não fosse pouco - achou que acabou - ontem apresentamos, pela primeira vez este ano, alguns exercícios, pequenas esquetes do trabalho que estamos fazendo, de literatura e teatro, todos os sábados. Apresentações de Mayra, Samuel, Daniel, Bruna e Jéssica.
Todos foram ótimos, estavam bem demais. Mas, preciso confessar que tinha uma expectativa grande pela Bruninha. Não apenas por ser a primeira vez, não apenas por ser bem nova, mas pelo nervosismo, por uma certa falta até de paciência que ela tinha durante os ensaios. Pelo medo, que as vezes quase a paralisava.
E ela foi lá e fez. E foi lindo, foi tudo. Pois é muito bom a gente ver alguém encarando seus medos, seus receios e fazendo. Principalmente quando se tem assim, 12, 13 anos.
Enfim, fiquei feliz demais por ontem. Feliz demais. Tenho orgulho de fazer o que faço, tenho satisfação de poder compartilhar, trabalhar junto com toda a galera que corre junto comigo. E só não esquecendo: pros pé-de-breque que torce contra, só lamentamos. Porque nóis tá foda!
A todos os Mesquiteiros e Mesquiteiras: obrigado. Sou feliz por existir e ser contemporâneos de vocês. Se pudesse escolher qualquer época pra viver, ela seria agora.
Mês que vem tem mais: Dia 27 de Agosto, a partir das 17hs, com lançamento de "Literatura, Pão e Poesia", do poeta Sérgio Vaz, da Cooperifa.
Até lá.
R.C.
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